lápis azul
(publicada: quarta-feira, 24 de setembro de 2008)
no post anterior fiz referência ao facto de não concordar com um texto que o eugénio queiroz assinou no seu blog.
contudo, verifico com preocupação que os novos tempos parecem mais não ser que um decalque dos antigos.
já nem discuto a forma jaez e boçal como a maioria dos seus leitores manifestaram discordância com o teor do seu texto, isso apenas revela o nível da maioria dos "doentinhos da bola", agora passar-se da critica obscena à delação, ao melhor estilo de outros tempos, isso deixa-me preocupado.
fui surpreendido com o facto do eugénio ter sido "citado" pelo conselho deontológico do sindicato dos jornalistas, após denúncia.
o eugénio publica a missiva recebida e também a resposta que enviou.
esta é uma situação preocupante que configura um retrocesso na liberdade de imprensa e, muito mais grave ainda, na própria liberdade da nação.
o que me levou a não concordar com o texto do eugénio queiroz foram questões meramente morais e de índole editorial, e não pelo facto do eugénio ter, alegadamente, ofendido ou melindrado a dignidade de quem quer que seja.
os deficientes, atletas ou não, não precisam nem querem piedade.
os deficientes, atletas ou não, apenas desejam as mesmas oportunidades de se assumirem cidadãos e seres humanos por inteiro.
o "bufo" que fez queixa do eugénio, e não conheço outro epíteto para o qualificar, não o fez por solidariedade para com o movimento paralímpico, fê-lo certamente por outras razões, por outras paixões e por outras modalidades, foi apenas e só um pretexto para exorcizar frustrações.
também a celeridade com que o conselho deontológico do sindicato dos jornalistas inquiriu o eugénio queiroz e as perguntas que lhe são formuladas denotam grave deficit de tolerância e talvez de algo mais.
não deveria este órgão sindical estar atento a outras irregularidades que se cometem como a existência de jornalistas que não recebem salários, a exploração dos estagiários nas redacções, a "confusão"existente nos jornais televisivos entre conteúdos jornalísticos e promoções a programas de entretenimento?
não é democrático e não fica bem a um sindicato, ainda por cima de esquerda, alimentar e promover a "bufaria".
o eugénio não foi ofensivo nem grosseiro ao emitir a sua opinião, ele é livre de a expressar da mesma forma que os autores dos comentários foram livres de o ofender alarvemente e ainda, sempre a coberto do anonimato cobarde, foram livres para serem "bufos".
não concordo com o que o eugénio escreveu mas concordo que o eugénio tem a liberdade de o escrever e a liberdade de ter e partilhar a sua opinião.
os deficientes, atletas ou não, por certo que preferirão quem lhes diga frontalmente o que pensa do que aqueles, falsos moralistas, que apenas têm pena.
eu não tenho pena dos que estiveram a representar portugal em pequim nos jogos paralímpicos, tenho sim pena é dos "bufos" que fizeram queixa do eugénio queiroz ao conselho deontológico do sindicato dos jornalistas.
contudo, verifico com preocupação que os novos tempos parecem mais não ser que um decalque dos antigos.
já nem discuto a forma jaez e boçal como a maioria dos seus leitores manifestaram discordância com o teor do seu texto, isso apenas revela o nível da maioria dos "doentinhos da bola", agora passar-se da critica obscena à delação, ao melhor estilo de outros tempos, isso deixa-me preocupado.
fui surpreendido com o facto do eugénio ter sido "citado" pelo conselho deontológico do sindicato dos jornalistas, após denúncia.
o eugénio publica a missiva recebida e também a resposta que enviou.
esta é uma situação preocupante que configura um retrocesso na liberdade de imprensa e, muito mais grave ainda, na própria liberdade da nação.
o que me levou a não concordar com o texto do eugénio queiroz foram questões meramente morais e de índole editorial, e não pelo facto do eugénio ter, alegadamente, ofendido ou melindrado a dignidade de quem quer que seja.
os deficientes, atletas ou não, não precisam nem querem piedade.
os deficientes, atletas ou não, apenas desejam as mesmas oportunidades de se assumirem cidadãos e seres humanos por inteiro.
o "bufo" que fez queixa do eugénio, e não conheço outro epíteto para o qualificar, não o fez por solidariedade para com o movimento paralímpico, fê-lo certamente por outras razões, por outras paixões e por outras modalidades, foi apenas e só um pretexto para exorcizar frustrações.
também a celeridade com que o conselho deontológico do sindicato dos jornalistas inquiriu o eugénio queiroz e as perguntas que lhe são formuladas denotam grave deficit de tolerância e talvez de algo mais.
não deveria este órgão sindical estar atento a outras irregularidades que se cometem como a existência de jornalistas que não recebem salários, a exploração dos estagiários nas redacções, a "confusão"existente nos jornais televisivos entre conteúdos jornalísticos e promoções a programas de entretenimento?
não é democrático e não fica bem a um sindicato, ainda por cima de esquerda, alimentar e promover a "bufaria".
o eugénio não foi ofensivo nem grosseiro ao emitir a sua opinião, ele é livre de a expressar da mesma forma que os autores dos comentários foram livres de o ofender alarvemente e ainda, sempre a coberto do anonimato cobarde, foram livres para serem "bufos".
não concordo com o que o eugénio escreveu mas concordo que o eugénio tem a liberdade de o escrever e a liberdade de ter e partilhar a sua opinião.
os deficientes, atletas ou não, por certo que preferirão quem lhes diga frontalmente o que pensa do que aqueles, falsos moralistas, que apenas têm pena.
eu não tenho pena dos que estiveram a representar portugal em pequim nos jogos paralímpicos, tenho sim pena é dos "bufos" que fizeram queixa do eugénio queiroz ao conselho deontológico do sindicato dos jornalistas.
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