a venda da tvi

está confirmada a venda da tvi (media capital) e a saída de josé eduardo moniz do cargo que ocupa. juan luis cebrián chega amanhã a lisboa para reunir com moniz e restantes administradores do grupo. contudo, existem mais alguns detalhes importantes sobre todo este negócio.
já se sabe que a pt irá pagar 150 milhões de euros por 30% da media capital mas não será totalmente liquido que esteja sozinha no negócio.
em primeiro lugar há pouco tempo atrás a pt vendeu a sua participação na rede móvel da argélia por 300 milhões de euros, poucos dias depois a mediapro comprou 40% do áudio-visual da prisa por... 300 milhões de euros. curiosamente esse é precisamente o sector da prisa que controlava a empresa que veio ocupar o espaço da nbp, que detinha, entre outros negócios, toda a produção de novelas da tvi.
por outro lado fontes em madrid garantiam há um ano que caso a pt não conseguisse a compra da maioria da media capital iria entrar numa holding juntamente com a telefónica e a mediapro para garantir o controle da prisa.
a questão é simples: já aqui havia escrito que a condição principal imposta pelo comprador da media capital à prisa seria a do afastamento de moniz, só que quem compra apenas 30% não tem poderes para assumir tal decisão a não ser que existam outros negócios envolvidos...
há poucos meses atrás, cebrián recebeu uma carta de "alguém" em portugal, com interesses na media capital, dando conta do desagrado com o rumo que a tvi estava a tomar. devido ao peso do remetente, cebrián pediu a manuel polanco que conversasse com esse "alguém". polanco assim fez e prometeu que em outubro, após as férias manuela moura guedes já não regressaria à tvi e que moniz seria afastado. já se sabe que moniz foi "convidado" a assumir o cargo de consultor ibérico para o audio visual da prisa, deixando por isso de ser o director geral.
os próximos tempos serão determinantes e reveladores das intenções da pt, mediapro, telefónica, prisa e do próprio moniz: conhecida que é a tenacidade do ainda director geral da tvi, não será de estranhar um braço de ferro entre moniz e a nova administração que está a caminho de queluz.

Comentários

O Pinoka disse…
Eh pá, mas contem lá, a Manuela vai-se embora ou não?
Vejam bem o que o tamanho de uma boca pode fazer a nivel económico num país.
Rui Magalhães disse…
Será que após este negócio e se ficar com a televisao digital em espanha a prisa irá resistir?
Penso que a Manuela deixa muita gente incomodada, e toca em pontos sensíveis, embora não apreciando o estilo, acho que também tem de ser respeitado.
Será um novo caso Marcelo II, ou será a tomada de posse com a telefónica da prisa.
Parece que o negócio da vivo não deixou grandes marcas.

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