notas de luanda 4

hoje fiz a maior caminhada por luanda desde que cheguei. em bom rigor andei desde o cemitério do alto das cruzes, em miramar, até ao largo serpa pinto nas ingombotas. andei pela rua do colégio português onde existe um jardim lindíssimo com estufas a fazer lembrar o jardim botânico em lisboa, desci até ao kinaxixe onde vai ser construido um dos maiores centros comerciais do mundo passei pela nunciatura apostólica, cruzei o antigo colégio gil vicente e o famoso liceu salvador correia, desci o largo do muto e cheguei à pensão da "tia rosa".
senti um pouco do cheiro a vida que faz vibrar esta cidade, e a imensa teia de construção que dia a dia transforma luanda numa capital moderna onde as assimetrias têm lugar, é certo, mas nada como pintam em portugal. De resto por aqui as regras são bem mais simples e honestas do que por aí e apenas a contra-informação vem contrapor alegando o poder deste ou daquele, as imensas fortunas do outro ou deste querendo fazer esquecer tudo o que por aí se passa. como quero continuar tranquilo e sossegadinho a fazer a minha vidinha deixo-me de espertezas saloias e "bocas à bombástico" porque longo é o braço do polvo e porque aprendi que cada um que lute e defenda as suas convicções conforme bem entender porque a mim não me pagam para tomar a dores alheias como sendo minhas a não ser "os meus" entenda-se as "minhas". quando me armei em d. quixote o resultado foi o que se viu e aprendi. como não me revejo no "homus agachadinhus lusitanos" fiz-me à vida para meu benefício pessoal e das pessoas que amo, o resto tem aquilo que merece fruto dos medos e falta de carácter por lutarem e defenderem os seus direitos.

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