os amigos do alheio
com a chegada do verão e com ele os milhares de "camones" e "avecs", a rapaziada do "gamanço" anda a fazer horas extraordinárias sem folgar um dia que seja.
eu sei que a vida não está fácil e cada vez mais esta coisa de meter a mão no bolso do parceiro mais distraído não pode ser apenas prerrogativa de políticos e administradores de bancos. a rapaziada mais humilde também precisa de algum no bolso para beber uma mini, comer uns tremoços e como o campeonato está aí à porta e os bilhetes não são baratos há que fazer um pé de meia para poderem ir à bola.
logo na noite em cheguei ao algarve vi um marmanjo a tentar bater o recorde mundial dos 100 metros tal a rapidez com que aproveitou o deslize de uma "camone" loira de olhos azuis que, numa esplanada vazia e por sinal bem escura de albufeira estava a fazer respiração boca a boca a um tuga que tinha desmaiado ao ver a beleza da moçoila.
Como estava desmaiado presumo que o rapazola estivesse de olhitos bem fechados e tenho uma desconfiança que a moça, que por certo tirou um curso de primeiros socorros antes de vir para portugal, também deve ter seguido o exemplo do espertalhão do tuga e lá fechou a pestana também. com tanta pestana fechada e tamanha aflição que por ali andava, só mesmo o amigo mãozinhas é que estava de olhos abertos e lá sacou a mala da catraia. com ela na mão tentou provar que o bolt é um menino ao pé dele quando se trata de dar de frosques com uma mala debaixo do braço.
como desde esse dia não tenho saído do "buraco" que é como quem diz aqui de casa, fazendo uso da expressão "de casa para a praia, da praia para casa e de casa ao café a seguir ao jantar", que ainda por cima é mesmo ali ao lado como a canção dos xutos, não tive oportunidade de me aperceber de mais nenhuma façanha digna de nota, a não ser hoje ao fim do dia na saída da praia.
depois de uma tarde de papo para o ar com uns mergulhos pelo meio e umas cervejinhas a a companhar, lá começamos a arrumar a trouxa para vir para casa fazer o jantar.
como a casa dos meus pais fica pertinho da praia maria luisa e a viagem é feita a pé, levamos um saquito para deitar o lixo e antes de vir embora lá vou eu despejar as garrafas vazias e os guardanapos das sandes enquanto a minha namorada e a minha filha arrumam as coisas e começam a subir a escadaria para virmos embora.
vinha eu todo lampeiro por ali acima quando vejo um marialva já na casa dos cinquentas a subir de mansinho atrás delas. rapaz fino e criado no bairro da graça fui-me chegando assim como quem não quer a coisa, querendo...
moral da história: quando chegamos ao cimo da escadaria fiz sinal às duas para pararem e o amiguinho ficou assim a modos que no meio de uma situação com que não deveria estar a contar e como pressentiu que a única coisa que iria levar dali não seria o que queria lá tratou de inverter a marcha... no entanto um passarinho contou-me que aquele não ficou com as"mãozinhas" em condições para nos próximos tempos andar por ali a tentar meter os garfos naquilo que não é dele...
eu sei que a vida não está fácil e cada vez mais esta coisa de meter a mão no bolso do parceiro mais distraído não pode ser apenas prerrogativa de políticos e administradores de bancos. a rapaziada mais humilde também precisa de algum no bolso para beber uma mini, comer uns tremoços e como o campeonato está aí à porta e os bilhetes não são baratos há que fazer um pé de meia para poderem ir à bola.
logo na noite em cheguei ao algarve vi um marmanjo a tentar bater o recorde mundial dos 100 metros tal a rapidez com que aproveitou o deslize de uma "camone" loira de olhos azuis que, numa esplanada vazia e por sinal bem escura de albufeira estava a fazer respiração boca a boca a um tuga que tinha desmaiado ao ver a beleza da moçoila.
Como estava desmaiado presumo que o rapazola estivesse de olhitos bem fechados e tenho uma desconfiança que a moça, que por certo tirou um curso de primeiros socorros antes de vir para portugal, também deve ter seguido o exemplo do espertalhão do tuga e lá fechou a pestana também. com tanta pestana fechada e tamanha aflição que por ali andava, só mesmo o amigo mãozinhas é que estava de olhos abertos e lá sacou a mala da catraia. com ela na mão tentou provar que o bolt é um menino ao pé dele quando se trata de dar de frosques com uma mala debaixo do braço.
como desde esse dia não tenho saído do "buraco" que é como quem diz aqui de casa, fazendo uso da expressão "de casa para a praia, da praia para casa e de casa ao café a seguir ao jantar", que ainda por cima é mesmo ali ao lado como a canção dos xutos, não tive oportunidade de me aperceber de mais nenhuma façanha digna de nota, a não ser hoje ao fim do dia na saída da praia.
depois de uma tarde de papo para o ar com uns mergulhos pelo meio e umas cervejinhas a a companhar, lá começamos a arrumar a trouxa para vir para casa fazer o jantar.
como a casa dos meus pais fica pertinho da praia maria luisa e a viagem é feita a pé, levamos um saquito para deitar o lixo e antes de vir embora lá vou eu despejar as garrafas vazias e os guardanapos das sandes enquanto a minha namorada e a minha filha arrumam as coisas e começam a subir a escadaria para virmos embora.
vinha eu todo lampeiro por ali acima quando vejo um marialva já na casa dos cinquentas a subir de mansinho atrás delas. rapaz fino e criado no bairro da graça fui-me chegando assim como quem não quer a coisa, querendo...
moral da história: quando chegamos ao cimo da escadaria fiz sinal às duas para pararem e o amiguinho ficou assim a modos que no meio de uma situação com que não deveria estar a contar e como pressentiu que a única coisa que iria levar dali não seria o que queria lá tratou de inverter a marcha... no entanto um passarinho contou-me que aquele não ficou com as"mãozinhas" em condições para nos próximos tempos andar por ali a tentar meter os garfos naquilo que não é dele...
Comentários
Passei por aqui em resultado duma pesquisa no Google e fiquei freguês.
Não me identifico com tudo o que por aqui se escreve, mas se há características que admiro, e que ao contrario da maioria, me aproximam das pessoas, são a frontalidade, transparência e a relação aberta com as emoções.
Em relação a alguns comentários "carregadinhos" de atoardas, na minha opinião, são a demonstração do problema que os portugueses têm em lidar com as características que já referi.
Pode ser que um dia destes nos cruzemos num petisco.
Abraço
abraços profanos